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Moro descarta jornalistas mentirosos e segue firme no Roda Viva de hoje









Do ponto de vista do interesse jornalístico, não há como justificar a montagem da bancada do programa Roda Viva, da TV Cultura, de São Paulo, a ser transmitido ao vivo na segunda-feira 20, com o ministro da Justiça, Sergio Moro, sem algum representante do The Intercept Brasil. O veículo ligado à franquia de credibilidade mundial no jornalismo investigativo revelou os bastidores da Operação Lava-Jato, divulgando centenas de diálogos que comprovaram, sem desmentidos cabais, a ligação direta entre o então juiz Sergio Moro e a força-tarefa comandada pelo procurador Deltan Dallagnol, com o objetivo, alcançado, de condenar o ex-presidente Lula à prisão, por crime de corrupção.





Diante do chamamento à atenção para a relevância do confronto com Moro, feito pelo jornalista Gleen Greenwald, igualmente reconhecido em todo o mundo por suas reportagens, o diretor de Jornalismo da Cultura, Leão Serva, taxou a reivindicação como ‘indelicada’, disse que não pedira a intervenção do profissional de renome global e garantiu que, no Roda Viva, a Cultura não dá satisfações sobre a bancada escolhida nem submete os nomes ao entrevistado da vez.





No caso de Moro, informa agora o editor-executivo do The Intercept Brasil, Leandro Mori, a regra foi burlada. Com todas as letras, ele afirma que Moro, sim, aprovou os nomes dos participantes da entrevista, entre os quais não está ninguém do veículo que desnudou a promiscuidade entre Moro e os procuradores.
Não é a primeira vez que a TV Cultura, estatal controlada pelo governo de São Paulo, sofre interferência política. O histórico é antigo e longo. O certo, desta vez, é que a estreia, no comando do programa, da jornalista Vera Magalhães, sem dúvida será feita com a mão direita.



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