O portal O Antagonista divulgou uma notícia que o ministério da Defesa divulgou ontem, depois de uma reunião a portas cerradas do ministro Fernando Azevedo e Silva com os comandantes das Forças Armadas, não foi apenas uma mensagem tranquilizadora à sociedade, depois do constrangimento a que os militares foram submetidos, no domingo, por Jair Bolsonaro e os manifestantes a favor de um novo AI-5. Foi também um recado à caserna. (Nota! Será que foi um constrangimento? Ou uma tendência do site O Antagonista?).
Como publicamos ontem, a nota dizia:
"As forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do país, sempre obedientes a Constituição Federal CF. O momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros. Nenhum país estava preparado para uma pandemia como a que estamos fazendo"
Essa realidade requer adaptação das capacidades das Forças Armadas com o cumprimento de sua missão constitucional.
Para além de reiterar o compromisso das Forças Armadas com o cumprimento da sua missão constitucional — eis a mensagem tranquilizadora –, o ministro e os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica deixaram claro à tropa que o inimigo é o coronavírus.
O Inimigo comum a todos — o que equivale a afirmar que se trata do único inimigo. Que nenhum granadeiro de qualquer patente, portanto, atreva-se a sucumbir às vivandeiras alvoroçadas que, nas ruas, nas redes sociais, no próprio Congresso e até no Palácio do Planalto, esperneiam por uma intervenção militar e o fechamento do parlamento e do Supremo Tribunal.
Por mais criticáveis que sejam as instituições, ou alguns dos seus integrantes, elas devem permanecer intocadas, eis o recado interno.
As notas dos militares têm sempre um subtexto que merece atenção — e, não raro, é ele que mais importa.
Leia mais: Ministro da Defesa faz reunião com os comandantes das três armas. (Ontem)
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