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CORONAVÍRUS: morte mordida ou matada? As mortes que os governantes anunciam são reais ou não morrem mais de outras doenças





Texto do articulista, Alexandre Siqueira

Doutor em linguística, Aldo Bizzocchi, é pesquisador do NEHiLP – Núcleo de Pesquisa em Etimologia e História da Língua Portuguesa da Universidade de São Paulo, e escritor. Mantém um canal no Youtube Planeta Língua, além do site pessoal (aldo bizzocchi.com.br).
Ele disseca as expressões “Morte Morrida” e “Morte Matada”. Cita a origem dos termos no grego, ambrósios e athanásios.




O primeiro, ambrósios, significa “imorrível”. O segundo, athanásios, quer dizer “imatável”. Ou seja, os gregos, distinguiam estes termos, mas nós as tratamos no “tanto faz”. Para ilustrar, nos mostra que há seres (em tese) que só morre por assassinato, enquanto outro pode morrer espontaneamente, mas não ser morto.
Um vampiro é matável, mas não morrível. Ou seja, só morre se alguém cravar uma estaca em seu coração ou com balas de prata.
Já os vírus são morríveis, mas não matáveis. Ou seja, só morrem após cumprir seu ciclo de vida no organismo.
Opa!!! Vírus? É imediata a nossa associação com a atualidade. Coronavírus! Covid-19!
E nos remete ainda a uma discussão ainda mais atual, face à polêmica das acusações que são impostas às atuações políticas ao seu combate aqui no Brasil.




Tudo foi potencializado, após a saída do ex-ministro da saúde, Nelson Teich, e o anúncio feito por seu substituto, ainda interino, General Eduardo Pazuello, onde o Ministério da Saúde faria ajustes nos indicadores que formataria suas planilhas e gráficos, e que apontaria os dados diversos sobre a pandemia.
Afinal, as mortes por Coronavírus que alguns governantes anunciam são reais ou o infartado foi demitido da certidão de óbito?
O que há por trás das informações e contra informações nos dados em diferentes cidades ou estados do país, e suas variáveis nas diferentes políticas adotadas?




Porque a ciência se debate tanto, com seus mais diversos entendimentos e seus “renomados” especialistas, para entender as metodologias aplicadas, e seus efeitos?
Afinal, Cloroquina ou isolamento?
Enfim, sendo mais direto no assunto que quero expor, os brasileiros estão morrendo de Coronavírus nessa monta anunciada? Estão no meio de nós, ou para ser mais pragmático, não estão mais entre nós, os mortos reais, os mortos morridos ou mortos matados?
Como parâmetro, temos apenas dados levantados por duas instituições; de um lado o Ministério da Saúde, com os dados que recebe das Secretarias Estaduais de Saúde, que por sua vez, os recebe das Secretarias Municipais de Saúde, e do outro, o Portal da Transparência Registro Civil Nacional, que centraliza o número de certidões de óbitos registrados em cartório, de todo o país.
Ainda que pese, notoriamente, divergências temporais, dos dois lados, no recebimento efetivo dos dados, cada qual com suas especificidades logísticas, considera-se como alarmante, que das 53.830 mortes por Covid-19 anunciadas pelo Ministério da Saúde, a diferença de 7.017 mortes a menos registradas pelo portal (46.813). Ou seja, 13,04% menores. (Levantamento até o dia 24 de junho)
E então, no Brasil (que é nosso foco, portanto, esqueçam o resto do mundo) os ambrósios e athanásios existem mesmo?




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