O empreiteiro Marcelo Odebrecht disse à Procuradoria-Geral da República que seu grupo empresarial mantinha um acerto ilícito com o então advogado-Geral da União, Dias Toffoli, e que fazia pagamentos a ele no decorrer do segundo mandato de Lula, entre 2007 e 2009.
As afirmações foram feitas nos dias seis e sete de maio, em depoimento autorizado pelo relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin, nos autos de uma petição que segue em sigilo. Esses autos contêm o HD de um computador de Marcelo Odebrecht apreendido pela Polícia Federal em 2015.
O empresário, hoje delator, prestou essas informações após ser confrontado pelos procuradores com uma série de emails encontrados no computador dele. Disse que um diretor da Odebrecht e um advogado ligado ao PT eram os responsáveis diretos pelo acerto e pelos pagamentos.
Não soube especificar valores nem detalhar aspectos operacionais do acerto narrado.
Não soube especificar valores nem detalhar aspectos operacionais do acerto narrado.